Reportagem publicada pelo Jornal do Brasil:
Paramore faz show memorável em SP
SÃO PAULO – O penúltimo show da turnê brasileira do Paramore, em nova formação, foi praticamente idêntico ao das outras capitais, neste domingo, em São Paulo, que teve abertura da banda Fake Number. Exceto pela música My Heart, do CD All We Know is Falling (2005), que foi acrescentada ao setlist a pedido dos fãs. Eles organizaram três tentativas – até então frustradas – ao gritar o nome da música e cantar trechos até que a banda, no encore, cedeu ao pedido dos paulistas. A apresentação passeou pelos três álbuns de estúdio lançados, com 19 músicas, em pouco mais de 1h30 de interação.
SÃO PAULO – O penúltimo show da turnê brasileira do Paramore, em nova formação, foi praticamente idêntico ao das outras capitais, neste domingo, em São Paulo, que teve abertura da banda Fake Number. Exceto pela música My Heart, do CD All We Know is Falling (2005), que foi acrescentada ao setlist a pedido dos fãs. Eles organizaram três tentativas – até então frustradas – ao gritar o nome da música e cantar trechos até que a banda, no encore, cedeu ao pedido dos paulistas. A apresentação passeou pelos três álbuns de estúdio lançados, com 19 músicas, em pouco mais de 1h30 de interação.
O show começou pontualmente às 20h para um Credicard Hall com 7 mil pessoas, lotado – e ingressos esgotados há tempos – de um público diversificado, que ia desde pais e avós que levaram filhos e netos até adolescentes, no auge da acne, com looks moderninhos e camisetas descoladas, muitas alusivas ao grupo. E também garotas imitando a vocalista Hayley Williams, minicovers ostentando cabelos pouco compridos e vermelhos. Na pista VIP, havia gente empunhando cartazes em forma de coração, declarando amor à banda, ou apenas dizendo ser aquele o dia mais feliz de suas vidas.
Apesar do tamanho (1,58 de altura), a vocalista Hayley Williams domina o palco como gente grande: vai de um canto a outro, interage com o público e com os outros integrantes, chacoalha a cabeça, brinca com o pedestal – fingindo fazer o exercício que na musculação é chamado de supino -, faz caras e bocas, exprime sua dor em uma simples careta ou ao cerrar a mão e trazê-la contra o peito. E não só ela: em momento de mais animação, o baixista Jeremy Davis e o guitarrista Taylor York fazem acrobacias, dando cambalhotas mortais.
Com um microfone da cor de seu cabelo em mãos, entrou no palco dando socos no ar, com uma blusinha verde, calça preta modelo ’skinny’ e um tênis ’sneaker’. O público foi saudado com Ignorance e até a última música, não parou de cantar e pular até a exaustão. Antes da segunda Feeling Sorry, recebeu das mãos do público uma bandeira do Brasil assinada por fãs e enrolou na cintura, hora em que soltou as primeiras palavras: “Ei, Brasil”, em inglês para um público enérgico, que não parou de gritar um minuto sequer. Ela pedia para os fãs acompanharem o refrão, fazendo cara de quem não acreditava no que estava presenciando e deu um ‘tchauzinho’ de boas vindas. “Vocês estão prontos? Nós somos o Paramore”, exclamou.
Os acordes anunciavam That’s What You Get, quando o fundo do palco foi tomado por um enorme pano, que cobria todo o cenário com a assinatura da banda. No primeiro segundo depois de “No sir”, Hayley comandou o coro na primeira estrofe. “Obrigada”‘, disse ela em português, prosseguindo em seu idioma de origem: “oh, meu Deus! Três anos! Estamos muito felizes de estar aqui na cidade, no País de vocês… É inacreditável! Temos muitas músicas para cantar, espero que gostem. Gostam de músicas rápidas, indagou, disparando: “então provem”.
Em Decode, acenou para o público que estava nas arquibancadas superiores, e luzes verdes faziam lembrar do videoclipe que se passa em uma floresta e de onde você pensa ter ouvido essa trilha: da saga vampiresca dos cinemas Crepúsculo.
Uma pequena pausa para reposicionar a banda e a plateia grita insanamente. A musa adolescente então aparece: “estão se divertindo? Vocês são incríveis”, comentou, explicando que naquele momento iam tocar uma nova música que lembra a terra natal deles, no Tenesse, Estados Unidos. “Cantem, se souberem. Chama-se In The Mourning. O momento precedia um posterior banquinho e violão com todos os membros sentados no centro do palco.
Mais um diálogo de Hayley: “vocês são incríveis, obrigado por cantarem junto comigo. Vocês estiveram esperando esse show esses três anos? Porque nós sim! Esta é a segunda vez que viemos a São Paulo, prometo que não vai demorar para voltarmos”, e ofereceu Where The Lines Overleap para os amigos, família e fãs ao redor do globo. Hayley agradeceu aos fãs, dizendo que não acredita na morte da indústria fonográfica: “vejo essa vivacidade estampada no rosto de vocês. Aos que compraram nosso último álbum, essa é para vocês”, destacando Misguided Ghosts.
A banda saiu do palco e voltou com a frontwoman afirmando que São Paulo já tinha provado que podia cantar, mas ela queria ver agora a plateia dançando. O pedido foi atendido ao som de Crushcrushcrush, e Hayley até ensaiou uma rebolada para animar a galera. Em Pressure pediu para jogar os braços para cima, de um lado para o outro.
Hayley pediu que o público aplaudisse a banda de abertura Fake Number, que disse ter conhecido os membros na última passagem pelo Brasil. E, por isso, surgiu o convite para eles abrirem a apresentação paulista.
De olhos fechados, Hailey começou a cantar The Only Exception, enquanto a plateia acendia seus celulares e estendia o braço para cima, com movimentos de um lado para outro – algumas pessoas sacaram de seus bolsos isqueiros, enquanto os mais moderninhos, usavam bolas coloridas com LED (Diodo Emissor de Luz) piscante.
Na última música, Hayley mostrou um microfone e disse que aquele representaria cada um dos fãs e chamou dois deles para o palco: um para acompanhá-la no vocal, o outro para assumir a guitarra. Aquele que ela chamou de “novo Hayley” é o estudante de 19 anos Leivison Rosa, de Uberaba, Minas Gerais. Ele foi escolhido por meio do fã-clube oficial da banda, em uma promoção do espaço chamado Meet and Greeting. Ele cantou uma estrofe de Misery Business, última música para os paulistas que levarão consigo a lembrança memorável de ter conseguido interferir no setlist já fechado pelo grupo.
Marcava 21h35 no relógio, quando Hayley e asseclas dominaram a frente do palco e se curvaram ao público em sinal de agradecimento. Agarrada no baixista Jeremy Davis pela barriga, Hayley saiu do palco arrastando o companheiro até a coxia.
Depois da saída dos irmãos Farro, em 2010, esta é a primeira aparição do grupo com a adição de Justin York (guitarra) e Josh Freese (bateria). Completam a banda Taylor York (guitarra base) e Jeremy Davis (baixo). Desde o dia 16 no País com essa nova formação, quando iniciou a turnê em Brasília, o grupo já passou por Belo Horizonte (17) e Rio de Janeiro (19). Encerra a turnê em Porto Alegre (22) no Teatro Bourbon.
Fonte: Paramore Brasil
Beijos Juh
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